quarta-feira, 17 de março de 2010

Dilma e a “deselegância” do colunista




Em grande forma , o jornalista Celso Arnaldo voltou a capturar (?) Dilma Rousseff neste sábado. Não percam os melhores momentos do Discurso sobre o Nada (?) no Jockey Club de São Paulo
Coluna do Augusto Nunes – Veja - 13/03/2010
Uma breve e singela análise de trechos da matéria em questão

“E por falar em baia, como menciona Reynaldo-BH, Dilma confirmou que está no páreo ao dar nome a uma das corridas com que o Jockey Club de São Paulo comemorou seus 135 anos, hoje”.
“Mas achei meio maldoso o modo como um jornalista descreveu o evento em seu veículo: “Dilma ganhou o páreo especial ministra Dilma Rousseff”. Não estimulamos esse tipo de duplo sentido na coluna”.
Senhor colunista: achou meio maldoso? Por que repetiu na sua coluna?
Gosta de ficar papagaiando expressões que considera de duplo sentido como o senhor mesmo citou?

“De qualquer forma, ainda estou para descobrir o nome do azarão que venceu o “Páreo Especial Ministra Dilma Rousseff” ─ o site do JC não traz essa informação. Passando os olhos pelo programa do dia, tenho certeza de que não é o “animal número 4″, chamado Inquebrável, que, de acordo com a ficha técnica prévia, correria “com a língua desamarrada”.
“Não, não terá sido este animal. Na breve entrevista que concedeu à imprensa no Jockey, Dilma estava, para variar, com a língua bem amarrada”.
Outro joguinho de gosto duvidoso. Foi original ou papagaiou também?

“Eu me sinto ainda mais paulistana estando aqui. Aliás, muito próxima desta cidade e deste Estado que acolhe a gente nessa grandeza generosa, em relação aos Estados da Federação.”
“Só mesmo Dilma para se sentir mais próxima de São Paulo estando em São Paulo ─ essa grandeza generosa de Estado da Federação, mas não da Federação Paulista de Futebol, já que ela torce fervorosamente para o colorado Grêmio de Porto Alegre”.
Pergunto: qual o drama?

E como dar nomes de mulheres famosas a corridas de cavalos e éguas foi a forma poética que o Jockey escolheu para homenagear o Dia Internacional, Dilma agradeceu, em nome de todas:
“Nós aqui, homenageadas, representamos mulheres que, de uma forma ou de outra, venceram um processo e superaram. Nós somos extremamente gratas por representarmos aqui essas milhões de mulheres que sabem que a nossa luta é uma luta por oportunidades iguais na vida, sociedade, família, no mundo do trabalho e no mundo da política.”
Bati o olho nessa declaração, e além de me impressionar com “essas milhões de mulheres( não se impressione tanto senhor!) que ganharam processos na Justiça e cuja força é capaz até de feminilizar uma palavra masculina de tamanha monta( mais drama!), vislumbrei o título da mensagem de Dilma no Dia Internacional de 2011, caso seja então nossa presidente(Será!):
─ Nossa luta é uma luta.
E que luta senhor Augusto Nunes!Ancestral, dolorosa e falta tanto ainda por conquistar em respeito e poder numa sociedade machista!

“A seu lado, sorrindo muito, o casal Márcio Toledo e Marta Suplicy ─ muito mais feliz agora em relação ao Jockey Club do que no tempo em que, como prefeita, tentava cobrar os bilhões de IPTU que a entidade não paga há 30 anos. O amor não sonega nunca”.
Nossa! Que conclusão “brilhante!”

“Quando disse Márcio Toledo, usei o nome oficial do presidente do Jockey. Para Dilma, em seu discurso, ele tem o codinome de Márcio Botelho. Que pareceu não se importar com o lapso da candidata”:
Codinome: seria por acaso uma “jogadinha” de duplo sentido que o senhor não aprova, mas que usa e também reproduz?

“Confirmado: qualquer puro-sangue inglês fala português com muita mais clareza que uma vaca-de-presépio brasileira”.
Caro colunista: se a ministra Dilma fosse candidata da oposição seria referida pelo senhor como vaca –de - presépio brasileira?

Ora senhor Antunes!
Por ser mulher, Dilma deve ser tratada de forma mais elegante por parte de quem suponho ser cavalheiro.
Para nós, mulheres brasileiras, respeito é bom e gostamos!
De momento, sinto muito, mas certamente existem matérias mais construtivas para serem escritas em coluna de revista de grande circulação!!



3 comentários:

La Pasionaria disse...

que calhorda!
para uma pérola como essa somente outra pérola de mesma grau de pureza.

A vaca de presépio brasileira à qual se referiu o paquiderme deve ser a sua santa progenitora que pariu e educou um cavalgadura como ele.

Anônimo disse...

Nem mesmo a progenitora do cavalheiro merece tal tratamento.
O colunista talvez( sempre é tempo) tenha que estudar algumas regras de como trata uma mulher, mesmo que essa mulher ouse se candidatar à Presidenta( vamos feminilizando o sustantivo porque vai ser Dilma!)

Anônimo disse...

Nem mesmo a progenitora do colunista merece tal tratamento.
O cavalheiro precisa aprender boas maneiras e a respeitar às mulheres, mesmo que uma delas,Dilma, ouse ser candidata à Presidenta! Já vamos feminilizando o termo por que vai ser DILMA!