sexta-feira, 5 de março de 2010

Mulheres que ajudaram a mudar o mundo-6- Maria da Penha


Maria da Penha Maia Fernandes

Conheça a história de Maria da Penha, a mulher que lutou por quase 20 anos para ver seu agressor na cadeia e deu nome à lei especial contra a violência doméstica.
Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearense, fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante 20 anos para que fosse feita justiça.
O seu agressor, o professor universitário de economia Marco Antonio Herredia Viveros,era o seu marido.

Na primeira tentativa de assassinato, em 1983, Viveros atirou nas costas de Maria da Penha enquanto ela ainda dormia. Foi para a cozinha, gritou por socorro, alegou assalto e que os ladrões haviam escapado pela janela.

Maria da Penha foi hospitalizada e ficou internada durante quatro meses. Voltou ao lar paraplégica e mantida em regime de isolamento completo.Foi nessa época que aconteceu a segunda tentativa de homicídio: o marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro.
Herredia foi a júri duas vezes: a primeira, em 1991, quando os advogados do réu anularam o julgamento. Já na segunda, em 1996, o réu foi condenado a dez anos e seis meses, mas recorreu. Em parceria com o CEJIL e o CLADEM, Maria da Penha denunciou o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA pela negligência do Estado Brasileiro tratar os casos de violência doméstica no Brasil.

Após as tentativas de homicídio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará .
A história de Maria da Penha pode ser conhecida na biografia que escreveu em 1994, intitulada “Sobrevivi... Posso contar”.

Hoje ela atua junto à Coordenação de Políticas para as Mulheres da prefeitura de Fortaleza e é considerada símbolo contra a violência doméstica e batizou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, sancionada pelo presidente Lula, no dia 7 de agosto de 2006.


De todas as formas de agressão, a violência doméstica ainda é a mais comum. No Brasil, a cada 15 segundos uma brasileira é espancada. A violência cometida em casa é maior que as das ruas e afeta a vida profissional das mulheres. O marido é o maior agressor. Para 28% das mulheres agredidas, a violência doméstica é uma prática que se repete
É necessário que o Estado brasileiro cumpra efetivamente a Lei Maria da Penha.

É de direito o que se reivindica e espera que ocorra.

Participação cidadã para auxiliar alguém que esteja sofrendo violência doméstica e não sabe o que fazer:



*Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.



*DIVULGUE A LEI “MARIA DA PENHA”!


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