sábado, 15 de maio de 2010

A imprensa,o poder, a lei e a democracia

Themis, a deusa grega da Justiça, filha de Urano e Gaia, sem venda, era representada portando uma balança na mão direita e uma cornucópia na esquerda. Símbolo da ordem e do Direito divino, costumava-se invocá-la nos juramentos perante os magistrados. Por isso, consideravam-na a Deusa da Justiça.A venda foi invenção dos artistas alemães do século XVI, que, por ironia, retiraram-lhe a visão. A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas e prudentes, não eram fundamentadas na personalidade, nas qualidades ou no poder das pessoas, mas na sabedoria das leis.
Hoje, mantida ainda a venda, pretende-se conferir à estátua de Themis a imagem de uma Justiça que, cega, concede a cada um o que é seu sem conhecer o litigante. Imparcial, não distingue o sábio do analfabeto; o detentor do poder do desamparado; o forte do fraco; o maltrapilho do abastado. A todos, aplica o reto Direito.


A imprensa e a notícia
Saiu publicado (15/05/2010) no Estadão matéria extremamente grave
"Para TSE, PT extrapola em propaganda em prol de Dilma


Ministros avaliam que o ápice de desrespeito foi na quinta quando se transmitiu o programa televisivo partidário do PT
Diz a matéria que, “ganha força no TSE, segundo apurou o Estado com ministros do TSE, a tese de que poderá ter sucesso no tribunal uma eventual representação da oposição acusando Dilma de abuso de poder político e uso dos meios de comunicação em prol da candidatura ao Planalto”. Tal situação, diz o jornal, “pode levar à inelegibilidade do político e de quem o ajudou na prática dos atos irregulares além da cassação do registro do candidato que foi beneficiado pelo abuso de poder.”http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-tse-pt-extrapola-em-propaganda-em-prol-de-dilma,551914,0.htm

“Ministro do TSE não fala em tese, muito menos quando não é provocado formalmente. Atribuir a “ministros do TSE” a afirmação de que já julgaram o que não foi ajuizado e afirmar que isso pode levar a cassações, das duas uma. Ou se está acusando os ministros de uma transgressão a normas jurídicas elementares ou se está, de maneira torpe, usando seus nomes para fazer terrorismo eleitoral e para pressionar a própria corte.
É preciso deter este processo que fede a autoritarismo. É muito grave que o Estadão coloque a Justiça diante da opinião pública como se estivesse a decidir, de maneira irregular, que um candidato possa ser cassado. Os políticos e os órgãos de imprensa que faziam a apologia do golpe no pré-64, ficaram conhecidos como “vivandeiras de quartel”, como analogia às mulheres que, no passado, seguiam atrás das tropas em marcha. Parece que, agora, temos as “vivandeiras do TSE”.
http://www.tijolaco.com/

Rememorando para outras reflexões

>"Quem pode, pode; quem não pode desaparece" - disse o presidente Fernando Henrique Cardoso, três dias após ganhar na Câmara dos Deputados o direito a uma nova candidatura em 1998.


> "Uma coisa é a sociedade aceitar e defender a liberdade absoluta de imprensa como direito de ela, sociedade, manter desobstruídos os canais de diálogo consigo própria. Outra coisa é quando a sociedade passa a enxergar na imprensa a defesa do interesse de uma parte (“partidária”), e não do todo(http://www.blogdoalon.com.br/2010/05/imprensa-em-debate-0505.html)


>Impedir o abuso de poder é dever legal. Uso abusivo é deformação da democracia.

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