quarta-feira, 28 de julho de 2010
A guinada de Serra para a ultra direita e a tática do medo
O que Dilma nos diz sobre:
A guinada de Serra para a ultra direita
“Acho muito ruim essa característica que está assumindo a campanha do meu adversário José Serra. Eu não considero que um candidato à presidência da República deva colocar alguém pra fazer as acusações. Então vou responder ao ex-governador José Serra, candidato a presidência da República: eu acho lamentável que a eleição tenha descido, da parte do meu adversário, a esse nível", declarou.
“Atribuo a certa preocupação e nervosismo decorrente do fato de que ele não tem tido bom desempenho. A partir daí eu não acho que tenha justificativa acusações desse teor. E acho que o povo brasileiro não merece esse nível de discussão", afirmou.
“É um dos momentos mais desqualificados em toda história das campanhas eleitorais depois da democratização do País. São acusações completamente infundadas, inconseqüentes e irresponsáveis", declarou.
A tática do medo
“É risível essa tática do medo de Serra.
Essas acusações (de supostas ligações do PT com as Farc e o narcotráfico) são baseadas em questões irreais e infundadas e sem provas. É o mesmo tipo de acusação que faziam com Lula. Eles fizeram, em relação ao presidente Lula, a campanha mais ferrenha e desrespeitosa quanto a ele. O exemplo é o DEM, aqui representado pelo senador José Agripino. Aí, veja que coisa mais constrangedora: quando chega a época eleitoral, eles se disfarçam por causa do sucesso do governo Lula”.
Um vídeo sobre Álvaro Uribe
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Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra
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15:13
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Eleições 2010.Dilma.Serra.Multimídia.
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10 comentários:
Marco Aurélio Garcia é um dos petistas mais criticados pela mídia, porque fala as coisas de forma clara e não disfarça seus sentimentos e pontos de vista. Nesta entrevista à TVPT, o coordenador do programa de governo de Dilma diagnostica o complexo de vira-latas dos que atacam a política externa brasileira.
Garcia considera que Serra, que disse que o Brasil faz filantropia com os países vizinhos, tem uma visão “tacanha” da América do Sul, e alertou que jamais poderemos “ser uma ilha de prosperidade em meio a um oceano de desigualdade”.
É difícil botar isso numa cabeça tucana, que enxerga a América do Sul como uma gigantesca São Paulo. Os tucanos consideram natural que a riqueza fique concentrada no centro e a periferia pobre que se lixe. É por isso que Serra despreza o Mercosul e ataca a Bolívia e o Paraguai.
Sobre Serra, Garcia diz ficar constrangido de ver uma pessoa com um passado progressista abraçar a direita mais raivosa e atrasada. E prevê um final melancólico para a carreira política do tucano para o próximo dia 3 de outubro.
http://www.youtube.com/watch?v=HpPCeiunZO4&feature=player_embedded
Tijolaço
Genéricos: como vencer uma discussão sem ter razão
A Internet consagrou uma nova retórica, não propriamente fruto dela, mas vinda da lavra brilhante de Olavo de Carvalho e seu "como ganhar uma discussão em ter razão".
Esse estilo foi copiado por alguns blogs de esgoto e rapidamente assimilado por José Serra. Dará belo material de pesquisa futuro, para algum linguista ou psiquiatra analisar essas relações, de uma pessoa assumir a personalidade, o estilo e a retórica de outra e incorporar de tal maneira que passa a raciocinar igual. É como se o ventríloquo passasse a ser controlado pelos bonecos.
Um dos recursos é o da minimização ou maximização de um fato, de acordo com as circunstâncias.
Quando fui alvo de ataques desse povo (não do Olavo, esclareça-se), atacavam honra, família, sexualidade, não respeitando nada. Se reagisse, diziam: isso é choradeira sua. E esse mantra era repetido por seguidores na rede.
Exemplo típico de assimilação de estilo é Serra, um dia, brandir a retórica do medo. Quando a estratégia rasa é denunciada e a reação ganha escala, ele diz: «não vim aqui para discutir isso, mas os problemas reais da economia», como se nunca tivesse explorado o assunto.
Outro recurso é juntar informações que não são necessariamente mentiras mas que, no final, permitem não contar a verdade – uma das formas de mentir.
São estratagemas que funcionam no ambiente restrito de um blog. Quando praticados sob a visibilidade conferida por uma campanha, são desarmados na hora. Enganam trouxas, irritam os leitores mais racionais. Mas, mais cedo ou mais tarde, são anulados.
Confira nessa história dos genéricos. Os fatos:
1.Em 1993 o Ministro Jamil Haddad deixou pronto um decreto criando os genéricos. Mas o projeto não andou.
2. Em 1999, o deputado Eduardo Jorge (na época do PT) voltou ao tema e conduziu uma ampla negociação para a aprovação da lei dos genéricos. Negociou com deputados, com o Ministério, com entidades do setor, com conselhos de saúde e conseguiu a aprovação. O Ministério da Sáude, com Serra à frente, era um dos interlocutores – não o que conduzia o processo.
3.Aprovando a lei, é obrigação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamenta-la. Foi feito. Aliás, o diretor era o Gonçalo Veccina, se não me engano. É possível que Serra tenha dado alguma força.
4.Entrando em vigor a lei, saiu pelo país fazendo campanha explícita de promoção de alguns laboratórios. Na época cheguei a ligar para ele para alertá-lo que um dos laboratórios promovidos era de um baita barra pesada que esteve envolvido com a Funasa na época de PC Farias. Mas, tudo bem, fazia parte do oba-oba político.
Em cima desses fatos, qual a versão que Serra espalhou para tentar assumir a paternidade individual da criança.
1.Foi na sua gestão no Ministério da Saúde que a política de genéricos foi implementada. Correto. E muitos e muitos outros fatos devem ter ocorrido naqueles anos.
2.Foi em sua gestão que a Anvisa regulamentou o uso dos genéricos. Correto.
3.Em seu site, Serra diz que "só havia remédios de marca" e esse quadro mudou na sua gestão. Correto.
4.Aí se entusiasma com os próprios feitos e escorrega: «foi Serra quem "mudou" isso, em 1998, ao assumir o Ministério da Saúde e regulamentar a Lei dos Genéricos». E aí deixou de lado toda uma luta histórica, pioneiros, contribuições coletivas e individuais e se apropriou o mérito de terceiros.
Teve o mérito de enfrentar a outrora poderosa Febraban para consolidar os genéricos.
Confira matérias recentes sobre os genéricos;
G123/07/2010
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/07/serra-diz-que-governo-lula-faz-privatizacao-diferente.html
Serra voltou a propor a criação de policlínicas de saúde no país. Segundo ele, as unidades poderiam atender 15 mil consultas por mês e realizar 40 mil exames. Também citou programas criados quando ministro da Saúde, como os medicamentos genéricos e os mutirões para a realização de cirurgias eletivas (que não são de emergência) e para a detecção de doenças como o câncer de colo de útero.
O tucano afirmou que o governo parou de “turbinar” iniciativas de sua gestão no ministério. “Parece que coisas que eram associadas a mim, como os genéricos e os mutirões, foram deixadas num segundo plano”, disse.
G1 21/07/2010
Serra diz que os genéricos foram regulamentados na sua gestão no Ministério
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/07/presidenciaveis-disputam-versao-sobre-autoria-da-lei-dos-genericos.html
Em seu site de campanha, o tucano José Serra destaca que a lei foi regulamentada em sua gestão no ministério e critica a atenção dada ao tema pelo PT. "A Lei dos Genéricos foi regulamentada há onze anos, na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, para ampliar o acesso da população a medicamentos, principalmente os de tratamento contínuo. (...) Mas poderia avançar muito mais.O governo do PT boicotou os medicamentos genéricos."
Não mente completamente, só no essencial.
(...)A campanha do PV afirma que, em 1993, o então ministro da Saúde Jamil Haddad "baixou um decreto que abriria caminho para a criação dos genéricos, mas a iniciativa não teve sucesso".
Eduardo Jorge voltou à carga em 1999, quando Serra era ministro da Saúde. “Negociamos um substitutivo mais moderado do que meu projeto original e tivemos a aprovação da Lei 9787/99. Assim muitos ajudaram, porém o autor da lei sou eu mesmo”, disse Eduardo Jorge em nota divulgada pela campanha do PV.
Aprovada a lei, caberia à Anvisa regulamentá-la. Obrigação dela, aliás. Mas Serra pegou esse ponto para se conferir a paternidade dos genéricos»
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/serra-reage-a-provocacao-de-dilma-e-reivindica-implantacao-de-genericos-20100720.html
A aprovação da Lei dos Genéricos no Congresso, porém, só ocorreu em 1999, durante a gestão de Serra na Saúde. Ele deu o passo final ao promover regulamentação da lei pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que especifica as normas técnicas para que os genéricos sejam idênticos ao remédio de marca.
Os oito anos de tramitação da lei, porém, mostra que outras pessoas contribuíram para sua aprovação. Antes dela, foi necessáriaa aprovação de outra lei, em 1997, que regulamenta a propriedade intelectual no país. A norma incluiu o Brasil nos padrões da OMC (Organização Mundial do Comércio), pelos quais qualquer produto tem sua patente protegida somente até 20 anos de seu registro.
No seu site, Serra diz:
O texto do site ressalta ainda que antes "só havia remédios de marca" e que foi Serra quem "mudou" isso, em 1998, ao assumir o Ministério da Saúde e regulamentar a Lei dos Genéricos.
extraído do blog do Luis Nassif
A tática do medo, por definição, desqualifica o debate político. Quem a utiliza está disposto a trabalhar não com a razão, mas com sentimentos mais primários e difusos. Recorre a argumentos distantes de qualquer racionalidade para tentar encantar um público mais desinformado ou que já coleciona arraigados preconceitos. É um jogo perigoso: “Campanhas negativas podem até aumentar a rejeição ao candidato que as patrocina”, diz o cientista político José Paulo Martins Jr., da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mas os tucanos resolveram arriscar.
Supremo colombiano pede investigação sobre filho de Uribe
(AFP) -A Suprema Corte de Justiça da Colômbia solicitou à Procuradoria Geral nesta quinta-feira que investigue Tomás Uribe, filho mais velho do presidente Álvaro Uribe, por supostos crimes contra a administração pública.
ler mais em:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4595148-EI294,00-Supremo+colombiano+pede+investigacao+sobre+filho+de+Uribe.html
ÁLVARO URIBE
O programete Fantástico de um domingo quase dois anos atrás falou sobre drogas e entrevistou o presidente colombiano Álvaro Uribe, aliado de primeira hora do governo estadunidense, da mídia brasileira e de José Serra. Claro que naquela reportagem, convenientemente se "esqueceu" de comentar sobre o passado do tão querido e competente Presidente colombiano. Na matéria editorializada, todo cidadão da Colômbia adora Uribe.
Agora que ele voltou à tona, devidamente inflado pela imprensa brasileira, é bom conhecer melhor quem é esse cidadão. Vejamos uma reportagem de 2004 da revista norte-americana Newsweek.
http://www.newsweek.com/2004/08/08/blacklist-to-the-a-list.html
Traduzindo, a reportagem diz mais ou menos o seguinte:
""O relatorio antes confidencial datado de setembro de 91 mostra quem é quem no negocio da cocaina colombiana. A lista inclui o líder do cartel de medelin, pablo escobar e mais 100 outros meliantes, assassinos, traficantes e advogados corruptos. Então, no número 82 aparece Alvaro Uribe, um político colombiano e senador dedicato à colaboração com o cartel de medelin nos altos níveis do governo. Uribe era ligado a um negócio envolvendo atividades narcóticas nos EUA. Uribe trabalhou no cartel de medelin e é amigo pessoal de pablo escobar gaviria. Escobar morreu em uma incursão policial em 93. Dois anos atrás, Uribe se tornou presidente da Colômbia.
Washington o ama. Num discurso de duas paginas a presidência colombiana negou que tivesse qualquer ligação com o negócio descrito em 91. ( A lista foi obtida no Arquivo e Segurança Nacional, um grupo de pesquisas independente). Mas o discurso não nega que UribeUribe trabalhou para o cartel de medelin e era amigo pessoal de Escobar. Pode ser que Uribe pense que suas atitudes recentes falem mais alto que suas negativas: nos últimos dois anos, a colombia extraditou 140 traficantes acusados para os EUA, feito jamais reproduzido por nenhum presidente colombiano. "Este provavelmente é o mais pró-anmericano presidente em toda a história da america latina", diz Adam Isacson, do Centro de Política Internacional em Washington.
Mas questões persistem. Uribe fazia conversas de paz com paramilitares de direita. Estes grupos nasceram em defesa própria contra o movimento da guerrilha marxista, enquanto eles se financiavam via tráfico de drogas. Depois de frear as guerrilhas de esquerda, Uribe está agora oferecendo perdão aos paramilitares que renunciarem ao tráfico e se desarmarem. "Algumas dessas pessoas sequer têm credenciais anti guerrilha" diz Isacson. "Eles são apenas traficantes que fizeram seu caminho por meio do movimento paramilitar, como forma de ganhar status político, legitimar suas fortunas e sairem livers". Muitos colombianos parecem despreocupados. Com as taxas de aprovação presidenciais acima dos 70 por cento, ele provavelmente conseguirá a emdenda constinucional este ano, para concorrer novamente em 2006, e ganhar."
E ganhou!!!!"
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Como diz o título da reportagem, "uma vez execrado como vilão, Uribe é agora um aliado ´top´".
É esse o tipo de democrata que nossa mídia apóia e tanto requer para governar o Brasil.
http://anaispoliticos.blogspot.com/2010/07/alvaro-uribe.html
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