sexta-feira, 16 de julho de 2010
O Brasil e a desigualdade relacionada à mulher
A Organização Não Governamental (ONG) Articulação Feminista Marosur, baseada em estudos da Comissão Econômica para o Caribe e a América Latina (Cepal), no período de 2007, o índice ISO-Quito, que apresenta o Brasil no 15º lugar entre os países em que as mulheres vivem sérias situações de desigualdades.
O índice ISO-Quito tem como base de estudos o compromisso que os países da região que participaram da Conferência Regional da Mulher, que ocorreu em Quito, no ano 2007, assumiram. Dos 22 países que tiveram seus índices medidos, somente16 enviaram informações.
Três são as dimensões para que sejam avaliado os cálculos dos países.
Política: trata da paridade na tomada de decisões.
Econômica: que trata da paridade econômica e do trabalho.
Social: que trata do bem-estar das mulheres.
Dos 16 países, o Brasil teve o melhor índice na paridade econômica e trabalho, ocupando o segundo lugar. Uruguai, que ocupa a primeira posição na paridade econômica. Já no índice do bem-estar, o Brasil, ficou no 8º lugar. No índice que mede as decisões, ficou no 20º lugar. Na média das três dimensões, ele ficou no penúltimo lugar.
Os países que obtiveram as melhores médias foram: Argentina, primeiro lugar; Costa Rica, segundo lugar; e Chile, terceiro lugar.
Fonte: Afinsophia
Música:
Você não passa de uma mulher
Martinho da Vila
Mulher preguiçosa, mulher tão dengosa, mulher
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Mulher tão bacana e cheia de grana, mulher
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Você não passa de uma mulher
Olha que moça bonita,
Olhando pra moça mimosa e faceira,
Olhar dispersivo, anquinhas maneiras,
Um prato feitinho pra garfo e colher
Eu lhe entendo, menina,
Buscando o carinho de um modo qualquer
Porém lhe afirmo, que apesar de tudo,
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Você não passa de uma mulher
Olha a moça inteligente,
Que tem no batente o trabalho mental
QI elevado e pós-graduada
Psicanalizada, intelectual
Vive à procura de um mito,
Pois não se adapta a um tipo qualquer
Já fiz seu retrato, apesar do estudo,
Você não passa de uma mulher (viu, mulher?)
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Menina-moça também é mulher (ah, mulher)
Pra ficar comigo tem que ser mulher (tem, mulher)
Fazer meu almoço e também meu café (só mulher)
Não há nada melhor do que uma mulher (tem, mulher?)
Você não passa de uma mulher (ah, mulher)
Você não passa de uma mulher
Quer ouvir e refletir?
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Postado por
Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra
às
11:28
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Brasil.Desigualdade relacionada à mulher.Multimídia
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2 comentários:
Trabalhadoras sofrem com desigualdade de gênero e de raça
Com participação significativa no mercado de trabalho e responsáveis pelo sustento de uma parcela cada vez maior de famílias brasileiras, mulheres enfrentam quadro de desigualdade, que é agravado pela questão racial
Por Repórter Brasil
A responsabilidade e a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro têm se ampliado nos últimos anos, mas as desigualdades de gênero continuam as mesmas. É o que mostra documento divulgado nesta quinta-feira (3) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
"As mulheres - principalmente as mulheres negras - possuem rendimentos mais baixos que os dos homens e, ainda que em média tenham níveis de escolaridade mais elevados, seguem enfrentando o problema da segmentação ocupacional, que limita seu leque de possibilidades de emprego", afirma o estudo da OIT, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre 1998 e 2008, aumentou a proporção de mulheres que são "chefes de família", ou seja, que são as principais responsáveis pelo sustento do lar. Essa porcentagem subiu de 25,9% para 34,9%, que equivale a mais de um terço das famílias brasileiras. Aumentou também a parcela de núcleos formados por mães que cuidam sozinhas dos filhos: de 4,4% para 5,9%.
A participação das mulheres, em 2008, chegou a 43,7% (42,5 milhões de pessoas) no universo de pessoas com mais de 16 anos que estavam no mercado de trabalho. No mesmo ano, homens e mulheres da raça negra formavam 50% (48,5 milhões) desse contingente.
O exame da taxa de desemprego evidencia com clareza a marca da desigualdade. Para mulheres negras, a taxa em 2008 alcançou 10,8%, em comparação a 8,3% para as mulheres brancas, 5,7% para os homens negros e 4,5% para os homens brancos, que foram menos afetados.
Diferença salarial
Uma rápida pesquisa no novo mecanismo online disponibilizado pela Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho (SERT) do governo de São Paulo, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), permite a aferição dos abismos salariais em termos de gênero e de raça.
Os salários médios de profissionais de advocacia - código 241005 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) -, com idade entre 25 a 30 anos, que atuam na cidade de São Paulo (SP), variam enormemente.
Para advogados brancos, o salário médio de admissão nos últimos seis meses foi de cerca de R$ 3 mil. Neste período, informa o Salariômetro, houve 150 contratações com o mesmo perfil, na localidade informada.
No caso das advogadas negras, o salário médio de admissão no último semestre foi de R$ 1,48 mil. Durante este período, houve registro de apenas duas contratações com este perfil na capital paulista.
Trabalhadoras sofrem com desigualdade de gênero e de raça
Com participação significativa no mercado de trabalho e responsáveis pelo sustento de uma parcela cada vez maior de famílias brasileiras, mulheres enfrentam quadro de desigualdade, que é agravado pela questão racial
Por Repórter Brasil
A responsabilidade e a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro têm se ampliado nos últimos anos, mas as desigualdades de gênero continuam as mesmas. É o que mostra documento divulgado nesta quinta-feira (3) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
"As mulheres - principalmente as mulheres negras - possuem rendimentos mais baixos que os dos homens e, ainda que em média tenham níveis de escolaridade mais elevados, seguem enfrentando o problema da segmentação ocupacional, que limita seu leque de possibilidades de emprego", afirma o estudo da OIT, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre 1998 e 2008, aumentou a proporção de mulheres que são "chefes de família", ou seja, que são as principais responsáveis pelo sustento do lar. Essa porcentagem subiu de 25,9% para 34,9%, que equivale a mais de um terço das famílias brasileiras. Aumentou também a parcela de núcleos formados por mães que cuidam sozinhas dos filhos: de 4,4% para 5,9%.
A participação das mulheres, em 2008, chegou a 43,7% (42,5 milhões de pessoas) no universo de pessoas com mais de 16 anos que estavam no mercado de trabalho. No mesmo ano, homens e mulheres da raça negra formavam 50% (48,5 milhões) desse contingente.
O exame da taxa de desemprego evidencia com clareza a marca da desigualdade. Para mulheres negras, a taxa em 2008 alcançou 10,8%, em comparação a 8,3% para as mulheres brancas, 5,7% para os homens negros e 4,5% para os homens brancos, que foram menos afetados.
Diferença salarial
Uma rápida pesquisa no novo mecanismo online disponibilizado pela Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho (SERT) do governo de São Paulo, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), permite a aferição dos abismos salariais em termos de gênero e de raça.
Os salários médios de profissionais de advocacia - código 241005 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) -, com idade entre 25 a 30 anos, que atuam na cidade de São Paulo (SP), variam enormemente.
Para advogados brancos, o salário médio de admissão nos últimos seis meses foi de cerca de R$ 3 mil. Neste período, informa o Salariômetro, houve 150 contratações com o mesmo perfil, na localidade informada.
No caso das advogadas negras, o salário médio de admissão no último semestre foi de R$ 1,48 mil. Durante este período, houve registro de apenas duas contratações com este perfil na capital paulista.
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