domingo, 17 de abril de 2011

Eu acho que quero ser gay também, vovô

Leio O Ornitorrinco várias vezes ao dia, espetáculo!


Eu acho que quero ser gay também, vovô


Ontem, estávamos eu, meu filho Jean e German aqui no escritório, e eu cobrava de Jean que procurasse logo uma foto com ele, sua mãe Sônia e eu, e que escrevesse lá o #eusougay e #nóssomosgays, e a enviasse para a campanha. Foi quando German, meu neto de 7 anos, perguntou:


- Vovô, porque você e a vovó Duda vão mentir que são gays?

Expliquei-lhe que muitos gays e lésbicas estão sendo assassinados, e que nós todos temos que lutar contra isso porque, cada vez que matam um gay é como se eu, ele, sua avó, sua mãe, seu pai e todas as pessoas morressem um pouco.

Ele me olhou e disse bem assim, lindamente:

- E os gays são seres humanos, vovô! Olha, eu acho que eu quero ser gay também. Até vou esquecer da Jenifer (namoradinha dele desde os 3 anos), e eu quero aparecer na foto também.

Amo muito meu neto que, como é inevitável, tem e terá um monte de defeitos, humano que é, mas homofóbico tenho certeza que meu menino não será jamais.

Já a pastorzada e os padrecos homofóbicos que obram porcarias como “teologicamente a homossexualidade é uma perversão amaldiçoada”, têm um problema insolúvel para explicar-se, não diante de um deus de fantasia e obviamente inexistente, algo como uma nota de 3 reais, mas de seus filhos e netos: justificar porque tangem, sempre e todos os dias, seus rebanhos de cristãos bovinos para a morte e não para a celebração da vida.

Se ficarmos quietos eles nos acuam e nos intimidam, e nos matam todos, um por um, em nome desse deus criminoso, coisa que vêm fazendo há centenas de anos, não nos esqueçamos.  

Não se esqueçam que a bíblia, o livrão deles, diz com todas as letras que podemos ter escravos e que você, prezado leitor, pode vender sua filha como escrava sexual.

No que me diz respeito, por meus filhos e netos, tanto quanto eu possa, eles é que ficarão acuados e constrangidos. 

Viva a vida e viva a diferença!

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