domingo, 18 de setembro de 2011

Cássia Kiss: Acho que todo mundo deveria tomar um chá ou fumar um baseado, pelo menos uma vez na vida

Cássia Kiss: Acho que todo mundo deveria tomar um chá ou fumar um baseado, pelo menos uma vez na vida

Por Guilherme Scarpa no odiaonline

 Ela garante que não tem nada a ver com numerologia a transformação de sua assinatura. “Não sou ligada nessas coisas. Quando era adolescente, gostava de astrologia, experimentações. Foi quando tomei chá de cogumelo, fumei maconha. Inclusive, acho que todo mundo deveria tomar um chá ou fumar um baseado, pelo menos uma vez na vida”, instiga Cássia Kis Magro, que retirou um ‘s’ do sobrenome — na verdade, o Kiss é que era uma invenção — e adotou mais um, o do marido, para viver Dulce, em ‘Morde & Assopra’. “Quis colocar o Magro porque amo, adoro a família do João (Baptista Magro)”, confessa.


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Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Boa de conversa e, por vezes, surpreendente, a atriz não tem papas na língua para embarcar em qualquer assunto, do mais comum ao polêmico, como drogas e cirurgias plásticas — este último, ela abomina, por exemplo. “Eu acho que só mexeria no meu dedo mindinho”, diverte-se Cássia, de 53 anos, orgulhosa de suas marcas de expressão bem evidentes, embora se assuste com elas, às vezes. “Fico horrorizada comigo no vídeo”, dispara. E não é à toa. Para dar vida à simplérrima Dulce, a mãe sofredora da novela das 19h, ela não leva mais que 10 minutos para se preparar. “Só uso uma tinta nos dentes, para dar aquele aspecto de sujeira”, explica.
Mas ela faz questão de frisar que não tem nada em comum com a personagem, maltratada pelo filho, Guilherme (Klebber Toledo), na ficção — mesmo drama que Griselda (Lilia Cabral) vive com Antenor (Caio Castro) em ‘Fina Estampa’. “Eu queria ser humilde como a Dulce. Queria entrar dentro de um ‘humildificador’, sabe? Eu sou mãe chata muitas vezes. Espalho bilhetes pela casa, cobro se escovaram os dentes, se fizeram dever de casa. Acho que uma mãe tem que controlar de perto os filhos. Senão é um filho preso na cadeia, o outro drogado, sem limites, tudo porque eu não estava presente”, acredita ela, ainda chocada com a morte precoce de Amy Winehouse. “Ela não teve ninguém próximo que a amasse de verdade e segurasse a sua onda”, lamenta Cássia, com algum distanciamento.
Capricorniana, de elemento terra, a atriz confessa que sempre teve o controle nas mãos e os pés fincados na realidade. Apesar de já ter “experimentado de tudo”, como ela mesma diz, nunca perdeu a linha. “Sempre tive autocontrole, sabia até aonde podia ir. Saí de casa com 15 anos, fui hippie, cuidei de mim. Aliás, esse é meu verbo: cuidar”, entrega Cássia, que é contra a legalização da maconha. “Fumar faz mal. No caso da maconha, ainda queima a tua lâmpada. Mas uma só vez é outra história, não faz mal”, diz.

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