quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ministra sugere a Globo que novela ajude a divulgar Ligue 180



Ministra sugere a Globo que novela ajude a divulgar Ligue 180



O tema da violência contra a mulher, que há alguns anos teve grande repercussão ao ser abordado nas novelas “Mulheres Apaixonadas” e “A Favorita”, da TV Globo, está de volta ao horário nobre. Na novela “Fina Estampa”, o conflito acontece entre os personagens Celeste (Dira Paes) e Baltazar (Alexandre Neto). Ela é agredida sistematicamente pelo marido e não tem a coragem de denunciá-lo. Em razão da grande relevância do tema, a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), enviou, nesta quarta-feira, 5, ofício à TV Globo sugerindo que, ao sofrer nova agressão, Celeste procure o serviço da Rede de Atendimento à Mulher e Central de Atendimento à Mulher–Ligue 180 e que o personagem agressor seja responsabilizado.

“O trabalho social da Globo tem se mostrado importante ao abordar questões sociais em suas novelas, como o desaparecimento de crianças, alcoolismo, câncer e drogas. A violência contra a mulher já foi abordada de forma muito positiva, inclusive com divulgação do Ligue 180”, avaliou a ministra.

O OFÍCIO – De acordo com a ministra, após a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, as mulheres estão amparadas e mais confiantes em denunciar o agressor.

“Cinco anos depois, a lei trouxe à luz o cotidiano de violência e opressão que as mulheres eram obrigadas a suportar dentro de casa. Hoje, temos uma política e um Pacto Nacional pelo enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, os agressores são punidos e as vitimas têm acesso a um sistema jurídico que opera para protegê-las”, afirma a ministra.

A Rede Globo mantém um núcleo de profissionais que estuda e apresenta diferentes maneiras de abordar o merchandising social em sua programação. “A SPM tem com a emissora uma relação bastante cordial e por isso nos sentimos à vontade para encaminhar o ofício, após iniciarmos conversações”, informou.  

Para Iriny Lopes, ao divulgar a Rede de Atendimento à Mulher e o Ligue 180, o autor e a emissora prestam um grande serviço à sociedade no enfrentamento à violência contra a mulher.

“Acredito que a ficção tenha força para alertar a sociedade contra esse mal que aflige milhares de mulheres, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro”, avalia.

A LEI - A Lei Maria da Penha (11.340/06) prevê, em seu artigo 35, V, a criação de centros de educação e de reabilitação para agressores (Art. 35: A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências: V - centros de educação e de reabilitação para os agressores.).

A Rede de Atendimento à Mulher atua de forma articulada entre as instituições/serviços governamentais, não governamentais e a comunidade, desenvolvendo estratégias de prevenção e de políticas que garantam o empoderamento das mulheres e seus direitos humanos, a responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência.

Os serviços são: delegacias especializadas, juizados e varas, casas-abrigo, centros de referência, defensorias públicas, entre outros.

928 SERVIÇOS – Atualmente, a rede conta com 928 serviços, divididos em 359 delegacias de atendimento à mulher, 111 núcleos de atendimento à mulher, 187 centros de referência, 72 casas-abrigo, 52 juizados de violência doméstica, 57 defensorias, 48 promotorias e 42 varas adaptadas de violência doméstica.



SPM

1 comentários:

Luciano disse...

Pois é... nesse caso, a Ministra foi totalmente educada e fez o que qualquer cidadão com o mínimo de visão social faria.
Mas o que aconteceu foi uma reação grosseira contra a ministra por parte do autor juntamente com aquele blogueiro da inVeja Reinaldo Azevedo no twitter.
Vindo dessa rede facínora e dessa revista de esgoto,era de se esperar, né?