sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Desumanidade! Irresponsabilidade! Crime!:Doações para as vítimas das chuvas de Além Paraíba são jogadas no mato na calada da noite.

 Desumanidade! Irresponsabilidade! Crime!:Doações para as vítimas das chuvas de Além Paraíba são jogadas no mato na calada da noite.



Não há palavras que possam descrever as cenas presenciadas na manhã de hoje pela equipe do AGORA JORNAIS ASSOCIADOS. Em diferentes pontos da Estrada João Bouhid (Próximo à entrada da Esplanada e próximo à entrada do Torrentes), as provas da falta de humanidade e de respeito para com desabrigados e as pessoas necessitadas.
O detetive Eduardo, da Polícia Civil, atendeu ao chamado dos jornalistas e esteve no local, fotografando tudo para as futuras investigações de responsabilidade pelo mais insano ato dos últimos tempos em Além Paraíba.
Na manhã desta quinta-feira, 9 de fevereiro, a editora do AGORA JORNAIS ASSOCIADOS, Marília Rosestolato, recebeu um telefonema com uma denúncia revoltante. Segundo o denunciante, que estava retornando de sua caminhada matinal, sacos e mais sacos com roupas de doações para os desabrigados das chuvas de Além Paraíba teriam sido jogados fora, no meio do mato, em diferentes pontos, nas margens da Estrada João Bouhid, que liga Vila Caxias ao Gauchão. Imediatamente uma equipe de reportagem rumou até o local, constatando o absurdo do fato: inúmeras peças de roupas, muitas delas novas, e ainda com etiquetas de loja, foram “desovadas” na calada da noite, provavelmente por pessoas que não quiseram se dar ao trabalho de fazer as doações chegar às vítimas das chuvas. Uma cena absurdamente revolvante que comoveu a todos que passavam pelo local, já que os jornalistas trataram de trazer as peças para a beira da estrada, a fim de que a população pudesse constatar a covardia contra aqueles que já perderam tudo o que tinham e ainda foram, mais um vez apunhalados por quem deveria zelar pela recomposição da dignidade das vítimas da catástrofe que se abateu sobre Além Paraíba há exatos 30 dias.
Extremamente indignada com a situação, a jornalista Marília Rosestolato fez contato com outros colegas de profissão para que eles também pudessem registrar o fato, a fim de que toda a comunidade de Além Paraíba e doadores de outras cidades do Brasil possam tomar ciência do ocorrido. Foi também acionada uma viatura da Polícia Militar, para que fosse lavrado um boletim de ocorrência, porém o policial disse que não faria o BO, já que seguia “ordem de seu comandante”. O jornalista Flávio Senra, do jornal Além Parahyba, ficou bastante irritado com a resposta recebida e para evitar maiores problemas, após fotografar a cena deplorável, retirou-se em protesto. Não satisfeita com a resposta do policial, a jornalista Marília Rosestolato rumou para o quartel da PM, onde teve que insistir para que o caso fosse tratado como uma ocorrência policial, assumindo a responsabilidade pela denúncia. Antes mesmo de fazer o contato com a PM, Marília, que estava acompanhada dos repórteres Sueli Estevam e Thiago Filgueiras, que serviram de testemunhas, também já havia solicitado a presença da Polícia Civil. O detetive Eduardo imediatamente esteve no local, fotografou e disse que confeccionaria um laudo sobre o ocorrido. Cabe, agora, às autoridades policiais investigar quem foi o responsável pelo crime, sabendo-se que a distribuição das doações para as vítimas das chuvas estava sob a tutela da Coordenação da Defesa Civil, comandada pelo Cabo PM Antônio da Cunha Coelho, Secretário de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Além Paraíba.
Segundo a Polícia Militar, as roupas seriam, ainda hoje, recolhidas por um caminhão e seriam encaminhadas para a Delegacia de Polícia de Além Paraíba.
E uma pergunta fica no ar: por que não doaram as roupas para as pessoas necessitadas? Bastava ter colocado uma nota nas emissoras de rádio, anunciando que ainda havia roupas para doações. Ou mesmo: por que não encaminharam tais doações para outras cidades, como Pirapetinga, que, na semana passada, também sofreu as agruras de um temporal? Nada justifica o que foi feito. De onde partiu a ordem?
VEJA MAIS FOTOS:
Roupas de fino acabamento e em perfeito estado.
 
Algumas, de griffe, ainda com etiquetas de fabricação.
Calçados novos e de qualidade.

Repórteres do AGORA trouxeram as roupas para a beira do asfalto, para que o povo pudesse ver o descalabro.
Em outro ponto da Estrada, roupas jogadas barranco abaixo.

Sacos enormes lotados de roupas, todas em condição de uso. Por que não doaram? Desumanidade!Irresponsabilidade! Crime!

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