sexta-feira, 11 de maio de 2012

Para a revista Pais e Filhos só nascem crianças brancas


Racismo: Segundo a revista "Pais e Filhos" temos uma nação européia, aqui só nascem brancos 

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No país da sociedade racista que se insurge contra as cotas raciais, no país que se insurge quando reclamamos a urgência da presença de negros e negras em todos os seguimentos representativos inclusive na mídia. 


No país mais excludente racialmente quando comparado às demais nações pluri-raciais, neste país esta mesma sociedade é cega a situações de racismo flagrante que se perpetua no tempo. 


Nossa sociedade não se insurge quando uma revista tem uma política de cotas de 100% para brancos quando se apresenta para o público através de seu cartão de visita, a capa da revista. 


Mesmo sem legislação positivada no papel (com pleonasmo e tudo) tal revista aplica uma "legislação espúria" de 100% para brancos. 


Já são 15 meses seguidos, em que segundo a revista "País e Filhos" temos uma nação européia, aqui só nascem brancos segundo esta revista. 


Talvez esta revista em uma eventual e patética explicação venha a diz que não há demanda ($$$IC). Isso me lembra a UFC no Ceará que diz que não vai aplicar cotas raciais, pois no Ceará não há demanda de alunos negros, no Ceará que tem a terceira maior população de declarados negros no Nordeste... 


Voltemos a Revista e seu racismo institucional declarado. Ela vai praticando seu crime permanente. 


Vamos ficar no pé dela e de outras empresas que praticam as COTAS DE 100% PARA BRANCOS e que a sociedade racista não percebe nada demais. 


Aí os democratas raciais dizem que cometemos um erro para corrigir outro erro? Tolinhos e tolinhas, confundem exclusão racial com inclusão racial.
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*Na foto em anexo está desatualizada, tem até fevereiro de 2012 (12 edições). As últimas 3 continuam praticando o crime.



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1 comentários:

Luna/SP disse...

Eu sou negra e, na adolescência, assinava a revista "Capricho". Uma vez, escrevi uma carta à redação, perguntando por que eles não colocavam uma modelo negra, sozinha, na capa. Fiz isto depois de uma edição, sobre a África do Sul, em que a Taís Araújo aparecia ao lado de uma modelo branca. Ninguém me respondeu. Na época, a desculpa era que os negros não eram um público consumidor expressivo, então ... Se hoje, estas capas de revista incomodam quem tem alguma sensibilidade, é porque as coisas estão mudando. Prefiro ver o lado positivo das coisas, ao invés de ficar chorando o racismo que persiste. Não é só por ser negra que me sinto ofendida com as cotas 100% para brancos, em meios de comunicação de massa. Cadê os asiáticos, indígenas e não-brancos em geral, num país que proclama orgulho de seu perfil miscigenado? A gente tem mais é que "encher o saco" das redações, SACs, etc. e divulgar aberrações assim. Um dia, as coisas vão mudar e nossos filhos e netos olharão pra documentos como este post, com espanto. Talvez, com vergonha.