6 mitos sobre os Feminismos

6 mitos sobre os Feminismos

Homens Combatendo o Machismo

Como já tinha anunciado no meu post anterior, este aqui é só para desmentir alguns mitos sobre o feminismo.

1 – NÃO, feminismo não é o contrário de machismo. O termo usado para quando mulheres buscam ser melhores que e/ou oprimir e/ou menosprezar homens é FEMISMO (ou feminilismo, como alguns dizem). Sim, existem feministas femistas, mas a imensa maioria das feministas (e dos feministas) não é femista. Defender os direitos das mulheres não é sinônimo de defender que elas devam dominar os homens.

2 – NÃO, os feminismos NÃO ACABARAM. Motivo: porque o machismo não acabou. Mulheres ainda são educadas para serem mais frágeis, dependentes, etc. E homens ainda são educados para serem agressivos, guerreiros, manda-chuvas, garanhões, etc. Enquanto essas diferenças na educação de homens e mulheres continuarem, os feminismos existirão.

3 – SIM, existem homens feministas e NÃO, ser feminista não faz um homem ser gay. Defender os direitos femininos não faz ninguém deixar de heterossexual. Na verdade, existem homens heterossexuais feministas e homens homossexuais feministas tanto quanto existem homens heterossexuais machistas e homens homossexuais machistas. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

4 – NÃO, os feminismos não se resumem à conquista de leis a favor das mulheres. Alguns feminismos podem se resumir a isso, mas não adianta nada as leis dizerem que mulheres têm direitos se as mulheres não se sentirem no direito a usar esses direitos. Não adianta a lei dizer que mulheres têm direito ao mesmo respeito devido aos homens se os homens se esses homens não sentirem, no dia-a-dia, que esse respeito é o mínimo que devem às mulheres pelo simples fato de elas também serem gente. É essa a grande distância entre o direito existir no papel e existir no cotidiano: uma série de pequenos hábitos, opiniões e decisões automáticos, impensados, condicionadas pelo machismo. Por isso, boa parcela da luta dos feminismos é ideológica, cultural.

5 – NÃO, as feministas não são todas lésbicas, nem “machonas”, nem querem ser iguais aos homens. Nada impede mulheres “masculinizadas” de serem feministas, nada impede lésbicas de serem feministas, mas elas não são a maioria das feministas. Querer ter os mesmos direitos que os homens não é a mesma coisa que querer ser homem ou que querer ser igual aos homens. De uma maneira geral, as feministas e os feministas querem um mundo mais justo, em que cada um tenha liberdade de viver (e reestruturar) sua masculinidade e/ou feminilidade sem que isso signifique ter mais ou menos direitos que os outros. Ou seja: os feminismos, de maneira geral, prezam pelo direito de ser diferente.

6 – NÃO, feministas não são mulheres mal amadas e amarguradas. Em verdade, conheço várias feministas heterossexuais bem casadas e felizes. Sim, várias mulheres, ao competirem com os homens usando as mesmas armas que eles, podem ter se tornado mulheres amarguradas. Mas isso é fácil entender: essas mulheres específicas interiorizaram comportamentos machistas (desprezo às emoções, supervalorização da competição e da hierarquia, supervalorização do poder, da força etc.). Tais comportamentos ferram a vida de todos que se submetem a eles, tanto de homens quanto de mulheres.

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