sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Secretaria da Segurança Pública de SP “justificou” a morte do rapaz por ele ter "dois irmãos com antecedentes criminais"

Secretaria da Segurança Pública de SP “justificou” a morte do rapaz por ele ter "dois irmãos com antecedentes criminais"

Menina nega ter sido estuprada por jovem morto

Brasil de Fato

Secretaria da Segurança Pública “justificou” a morte do rapaz por ele ter "dois irmãos com antecedentes criminais, inclusive por tráfico de drogas" 

O jovem Maciel Santana da Silva, 21, que havia sido acusado de ter estuprado uma menina de 12 anos – versão que foi desmentida pela própria garota – foi assassinado a tiros pela Rota na última terça-feira (11) em Várzea Paulista (SP). Junto com ele, mais oito rapazes foram mortos numa suposta troca de tiros em que nenhum dos 40 policiais envolvidos na ação ficou ferido. 

Silva, que segundo o pai, passava por tratamento psiquiátrico, não tinha passagens pela polícia. Porém, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo “justificou” a morte do rapaz dizendo que “ele tem dois irmãos com antecedentes criminais, inclusive por tráfico de drogas “, segundo nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo.

Na primeira versão do caso, o comandante geral da Polícia Militar, Roberval Ferreira França, havia afirmado à imprensa que o rapaz tinha sido morto pelo “tribunal do crime” (Primeiro Comando da Capital) que o julgava pelo suposto estupro. Entretanto, segundo o depoimento dado pelos policiais no boletim de ocorrência, Silva foi assassinado pelos próprios PM´s envolvidos na ação.

O caso aconteceu na terça-feira (11) em uma chácara localizada em Várzea Paulista, região de Jundiaí (SP). Os homens acusados de pertencerem ao crime organizado (PCC) iriam julgar Maciel Santana da Silva por ter estuprado a menina de 12 anos. A família da menina presenciou o “julgamento” do suspeito antes da operação da Rota que terminou com cinco presos e nove mortos. 

Após o “julgamento”, Silva teria sido “absolvido” pelos criminosos porque a própria menina negou o estupro. A informação está no registro da Polícia Civil de São Paulo.

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