Urariano Mota
Recife (PE) - No caso dos estranhos
suspeitos do atentado em Boston, estranhos, porque de suspeitos passaram rápido
para a condição de terroristas, caçados à bala nas ruas e na imprensa, destaco
um depoimento da mãe dos mais odiados homens hoje nos Estados Unidos.
“Repórter: O que eles (Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev) disseram para você?
A mãe, Zubeidat: Nada. “Eu te amo, mamãe. Eu te amo, mamãe”.
Repórter: Ok.
Mãe: ... Tamerlan era o mais gentil, o mais amoroso, o garoto mais amoroso. O mais amoroso, meu garoto. Eles o mataram. Eles o mataram. Eu vi meu filho, eu não estava acreditando naquilo. Até que vi o corpo do meu filho na minha frente. Ele foi morto muito cruelmente. Sabe o que eu acho? Eu acho que agora eles vão tentar fazer meu Dzhokhar culpado, porque eles tiraram a voz dele, a habilidade dele falar para o mundo. Sabe por que eles fizeram isso? Eles fizeram isso porque não querem que a verdade apareça, Ok? O protetor deles é Deus, que é Allah. O único Allah, Ok?
Repórter: Eu entendo.
Zubeidat: Se eles matarem meu filho, eu não ligo... Meu mais velho foi morto e eu não ligo. Não ligo se meu mais novo for morto hoje.
Quero que o mundo ouça isso. E não ligo se eu for morta também. Ok? E direi: "Allahu Akbar" (Deus é Grande). Isso é o que vou dizer”.
A mãe, Zubeidat: Nada. “Eu te amo, mamãe. Eu te amo, mamãe”.
Repórter: Ok.
Mãe: ... Tamerlan era o mais gentil, o mais amoroso, o garoto mais amoroso. O mais amoroso, meu garoto. Eles o mataram. Eles o mataram. Eu vi meu filho, eu não estava acreditando naquilo. Até que vi o corpo do meu filho na minha frente. Ele foi morto muito cruelmente. Sabe o que eu acho? Eu acho que agora eles vão tentar fazer meu Dzhokhar culpado, porque eles tiraram a voz dele, a habilidade dele falar para o mundo. Sabe por que eles fizeram isso? Eles fizeram isso porque não querem que a verdade apareça, Ok? O protetor deles é Deus, que é Allah. O único Allah, Ok?
Repórter: Eu entendo.
Zubeidat: Se eles matarem meu filho, eu não ligo... Meu mais velho foi morto e eu não ligo. Não ligo se meu mais novo for morto hoje.
Quero que o mundo ouça isso. E não ligo se eu for morta também. Ok? E direi: "Allahu Akbar" (Deus é Grande). Isso é o que vou dizer”.
Houve pessoas,
porque até prova em contrário são pessoas, que reagiram a esse “não ligo”, com
o espanto frente a mais uma manifestação desumana, coisa típica de mãe de
terrorista, terrorista ela própria também. Outras houve que a desprezaram,
assim como desprezamos a dor que não é nossa, porque pertence a outro gênero de
animais, que não são nem os nossos de estimação. Ou a desculparam, na
fórmula cínica que fala “para as mães todo filho é inocente”. No entanto,
prefiro ver que nessa dor existe muita clarividência. Se não, acompanhem por
favor os fatos, somente os fatos:
Um dia
depois do atentado das bombas em Boston, o mais novo dos irmãos terroristas,
Dzhokhar Tsarnaev, 19, voltou para a Universidade de Massachusetts. “Como se
nada tivesse acontecido”, dizem as notícias. Uma estudante que não quis se
identificar e se disse amiga de Tsarnaev disse ao "Boston Globe" que
o suspeito foi a uma festa na noite de quarta-feira (17), dois dias após o
atentado. A universidade confirmou que Tsarnaev usou a academia de ginástica do
campus e dormiu em seu quarto na quarta-feira. Até a quinta-feira, o jovem
frequentou as aulas normalmente. E tudo “como se nada tivesse acontecido”.
Quanta frieza!...
Na
tarde da quinta (18), o FBI divulgou fotos de Tsarnaev e o considerou suspeito
do crime ao lado de seu irmão Tamerlan. Quando começou a perseguição, os já
terroristas Tsarnaev estavam indo para uma festa em Nova York, na última
quinta-feira. E o que aconteceu? Depois de ligar para mãe, quando se despediu
aos gritos “Mãe, eu te amo”, Tamerlan correu contra os policiais, “cheio de
bombas no corpo”, disseram depois, e mandou balas sozinho contra o cerco. E o
terror mais jovem, o que fez? Atropelou o ferido mais velho Tamerlan,
tentando fugir da polícia nos subúrbios de Boston. Levado ao
hospital, socorrido, Tamerlan deu entrada coberto de feridas dos pés à cabeça.
Depois, apesar dos cuidados, faleceu. OK?
No
grande final, o jovem Dzhokhar Tsarnaev é descoberto em um quintal de uma casa
em Watertown, perto de Boston. E troca tiros, mais uma vez, com a polícia,
segundo a polícia. No entanto, o jornal The Washington Post revela agora que o
mais novo terrorista não estava armado, quando se escondia no barco onde foi
atingido por vários tiros. Mas segundo a polícia, Tsarnaev havia tentado
resistir à prisão e disparado contra policiais antes de se render. Mais: quando
foi retirado do barco, que foi destruído pelas balas durante o cerco
policial, ele estava encharcado de sangue e ferido gravemente na garganta.
Mas os ferimentos foram causados pelo próprio jovem, que teria tentado se
matar. Sem armas mas atirando contra si, enquanto era caçado como um rato,
escondido em um barco.
Em
resumo, as vozes mais críticas dizem que estamos diante de um scapegoat,
mais conhecido no Brasil pelo nome de bode expiatório. A reunião desses fatos e
as versões da polícia nos levam a crer que estamos diante de mais uma
encenação, típica dos anos da ditadura no Brasil. Nas notícias agora de Boston,
a dor vem de uma muçulmana enlouquecida, que grita I don’t care, ok?. Zubeidat
Tsarnaeva pode ser ouvida aqui
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