sábado, 3 de agosto de 2013

Pecuarista de MS é indiciado por homofobia depois de torturar e tentar matar o filho

Pecuarista de MS é indiciado por homofobia depois de torturar e tentar matar o filho

MixBrasil
A Polícia Civil da cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, divulgou na última quinta-feira, 1 de agosto, as agressões de um pecuarista que foi indiciado por homofobia depois de torturar e ameaçar matar seu filho gay. Ele não só agrediu fisicamente o jovem de 16 anos como também o arrastou pelas ruas da cidade, segundo reportagem do jornal sul-mato-grossense “Correio do Estado”.

Quem procurou a polícia para denunciar o homem foi a mãe do adolescente. Ela contou que o pai bateu no garoto e tentou trancá-lo num quarto, sem energia elétrica, por ele ser homossexual. "Ele bateu na cara do menino, derrubou ele no chão, montou em cima e continuou dando socos e tapas em seu rosto e humilhando, dizendo que gay tem que apanhar mesmo, que é lixo, vagabundo”, disse a mulher.

O jovem foi levado por sua mãe e seus irmãos para a a casa da avó, mas mesmo assim o pecuarista foi até lá e jogou novamente o filho no chão, voltando a socar e dar pontapés nele. Segundo a mãe, o pai bateu a cabeça do rapaz no chão e afirmou que “estava endemoniado e que iria tirar o capeta dele na unha”.

Machucado, o adolescente foi levado para o hospital pelo próprio pai que, no caminho, ainda ameaçou matar o filho, caso ele não mude a orientação sexual. Foi aí que, segundo testemunhas, o homem amarrou uma corda na perna do garoto e ameaçou jogá-lo para fora do carro e arrastá-lo pela rua.

O Conselho Tutelar foi chamado e encaminhou a vítima e a mãe para a 1ª Delegacia de Polícia, onde registraram boletim de ocorrência, foram ouvidos e encaminhados para exames de lesão corporal. Com medo, a mãe do adolescente pediu medidas de proteção para que o pai não se aproxime dela ou do filho.

Segundo o delegado ouvido pela reportagem, Paulo Rosseto, o crime é muito grave e a Polícia Civil tomará todas as medidas necessárias para reprimir qualquer forma de homofobia. não foram divulgadas imagens dos envolvidos no caso. 

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