segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

#erikamerepresenta: Por que Erika Kokay na Comissão de Direitos Humanos e Minorias ???

#erikamerepresenta: Por que Erika Kokay na  Comissão de Direitos Humanos e Minorias ???


"Porque Erika Kokay???"

IGay

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“Queridos, amanhã terça-feira dia 25/02/14 é o prazo final para que o PT indique o deputado (a) que presidirá a Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Todos que acompanham esta coluna da MAJU sabem que as emoções estão à flor da pele e que há mais de três semanas que a CDHM está em trabalho de parto. Já temos a dilatação ideal e o fruto desta gestação deve sair no mais tardar amanhã às 18 horas. Erika Kokay, a parlamentar escolhida pelo povo, carrega um fardo enorme em suas costas, pois se viu candidata à CDHM motivada pelos apelos da militância LGBT do país inteiro (conhece o evento criado no facebook?) e por sua história de ser uma mulher que rompe barreiras e ocupa espaços tradicionalmente ocupados por homens. Desde a sua vida no sindicalismo, se acostumou a entrar de peito aberto e carregar a bandeira das mulheres, num tempo em que isso era bastante difícil.

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O reconhecimento que carrega por seu trabalho na área de direitos humanos é fruto da atenção que dá ao sistema prisional, aos sindicatos, aos policiais, aos técnicos, aos prestadores de serviços e a todas as comunidades religiosas, aqui no DF. Ocupou recentemente um lugar de destaque na mídia por ser a relatora da CPI DA EXPLORAÇÃO SEXUAL, cujo feito é desmantelar uma quadrilha poderosa de políticos, traficantes de pessoas, de drogas e quiçá, magistrados. Erika é daquelas criaturas incansáveis. Nordestina, fez da sua vida um espaço-tempo dedicado à observação e à solidariedade com o ser humano. Psicóloga de formação é respeitada pela eloqüência, pela dignidade no trato com o outro e por sua aparência firme e doce. Nós que somos pais, filhos, amigos, cidadãos, irmãos LGBTS sabemos que esta batalha não está ganha. Mesmo que consigamos fazer os deputados da executiva do PT nos ouvir (e temos feito muito barulho ultimamente) ainda teremos um ano difícil pela frente. O fantasma do Bolsonaro ainda ronda e teremos que entoar vários cantos para que essa alma suba, de vez. Acho pertinente também fazermos uma profunda discussão de gênero também na política, pois um parlamento que é formato por apenas 8,7% de mulheres não pode continuar decidindo as coisas à revelia da população feminina que já soma 51% do eleitorado brasileiro. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias é importante para a pauta de gênero sim, pois as mulheres no legislativo são a esmagadora minoria e, vale dizer, até poucos anos atrás (você sabe que todas as políticas de distribuição de renda e capacitação do governo federal estão centradas nas mulheres do Brasil, certo?) éramos também o elo mais fragilizado da sociedade brasileira. Penso que tem muita gente com medo de Erika Kokay assumir a presidência da CDHM. Penso que a desculpa de que temos uma presidenta da república ser algo que “já basta”, uma desculpa esfarrapada e, como dizem na minha cidade: pra boi dormir. O parlamento é o local que precisamos tornar mais democrático e que precisa fazer uma reforma profunda em si mesmo se não quiser ser cada vez mais alvo de protestos da sociedade civil. Ele já não corresponde ao que o povo brasileiro é. Tal como nas masmorras na idade média, as decisões são tomadas em grupos herméticos dentro do congresso, quase em acordos de sociedades secretas. Me parece, que além do medo de entregarem a presidência da CDHM à uma mulher, temos aliado à isso o desconforto de muitos por ser ela quem é. E, como me disse uma mãe-militante certa vez, sentada na porta da CDHM naquelas tardes de abril de 2013: um elefante incomoda muita gente. Será? ” LETÍCIA PEREZ.
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