sábado, 13 de setembro de 2014

Afeto demais não é problema: Justiça autoriza duas mães e um pai para Maria Antônia

Afeto demais não é problema: Justiça autoriza duas mães e um pai para Maria Antônia

Duas mães e um pai para Maria Antônia

A Razão

Juiz concede multimaternidade inédita no Brasil. Casal genitor e esposa de gestante poderão registrar bebê
Diretor do Fórum dá parecer favorável inédito no Brasil
Diretor do Fórum dá parecer favorável inédito no Brasil (Foto Reprodução)
Afeto demais não é problema. Assim inicia a justificativa do juiz diretor do Fórum, Rafael Pagnon Cunha ao dar sentença favorável ao pedido de um casal de mulheres, mais o pai biológico de registrar a filha que nasceu dia 27 de agosto. Desde ontem, Maria Antônia tem em sua certidão de nascimento duas mãe e um pais, e consequentemente seis avós. O pedido foi registrado ainda antes de Maria Antônia nascer.De acordo com a advogada de Fernanda, Bernadete Schleder dos Santos, que moveu o processo, a decisão é inédita. “Não existe outro caso no país onde o primeiro registro tenha três pais”, destaca.
As duas mães, Fernanda, 26, e Mariani, 27 anos, são casadas há pouco mais de dois meses e viram no amigo Luis Guilherme, 27, a possibilidade de ter um filho. O aceite veio com a condição de que o papel do pai fosse assegurado. O Cartório do Registro Civil teve de adaptar seus sistemas para poder fazer constar todos os nomes, inclusive dos três pares de avós, um paterno e dois maternos.
Ainda no texto da sentença, o juiz Rafael Cunha alerta para a velocidade da vida contra a desatualização do judiciário. Agora, como diz o juiz, Fernanda, Mariani, Luis Guilherme e Maria Antônia “formam um ninho multicomposto, pleno de amor e afeto”.

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