Em coletiva realizada nesta segunda-feira, dia 12, um mês após a morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, anunciou que o crime foi elucidado. No domingo, dia 11, foi decretada, no plantão judiciário do 2º NUR, a prisão temporária de três policiais militares acusados de participar do assassinato da magistrada: otenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda.
“Sempre tive certeza de que tal crime não ficaria impune e que a Polícia Civil estava preparada para apurar o caso. Um fato como este não atinge apenas o magistrado, atinge um poder do Estado, atinge a própria democracia”, disse o presidente do TJRJ.
Também participaram da coletiva o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame; o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes; a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha; o delegado Felipe Ettore da Delegacia de Homicídios; o secretário de Estado chefe da Casa Civil, Régis Fichtner; o secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fernando Florido Marcondes; o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Nelson Calandra; e o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), desembargador Antônio César Siqueira, entre outras autoridades.
De acordo com o delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios, os PMs decidiram matar a juíza porque receberam a notícia de que poderiam ser decretadas as suas prisões em um processo da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, em que eles são acusados de matar um jovem no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, e de tentar forjar um auto de resistência.
“Eles achavam que executando a vítima poderiam evitar a decretação da prisão. O que eles não sabiam é que no mesmo dia 11 de agosto, antes do crime, a juíza já tinha decretado a prisão dos três policiais”, declarou o delegado.
O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, também contou que foi determinada a apreensão de todas as armas de calibre 38 e 40 do 7º BPM (São Gonçalo). “O que nos interessa é a busca da verdade. Temos a obrigação de atuar e enfrentar um crime sério como este onde a Justiça é atingida. A resposta vai ser dada e já estamos muito bem encaminhados neste sentido”, ressaltou.
Já o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, disse que as investigações estão coletando provas muito consistentes para que o Ministério Público possa oferecer a denúncia contra os acusados. “Já temos o motivo e indícios bem fortes do envolvimento desses três policiais militares. Gostaria de parabenizar a Polícia Civil pela resposta em um prazo razoável diante de um crime que merece uma investigação mais profunda”, completou.
Fonte: TJ/RJ
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