quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Kama Sutra islâmico" defende sexo grupal como forma de fortalecer casamento

"Kama Sutra islâmico" defende sexo grupal como forma de fortalecer casamento com mais de uma mulher

burka-olhos
Guia defende que as mulheres muçulmanas deixem o véu de lado e topem uma relação mais aberta com o marido e as outras mulheres dele e diz que o sexo grupal pode ser "uma forma de prece"



Uma associação de mulheres muçulmanas da Indonésia, que propõe a submissão da mulher para combater o divórcio e a violência doméstica, lançou um guia que estimula o sexo grupal como uma forma para fortalecer os casamentos com mais de uma mulher, assunto que gerou rejeição de entidades muçulmanas e de direitos humanos. 
A organização alcançou notoriedade ao defender que as mulheres se comportem como prostitutas especialistas na cama para atender os desejos dos maridos e manter a união familiar.
Islamic sex, fighting Jews to return Islamic sex to the world(Sexo islâmico, combatendo os judeus para devolver o sexo islâmico ao mundo, em tradução livre) é o título do manual de 115 páginas que foi distribuído entre as mais de mil fãs na Indonésia, Malásia e Cingapura pelo Obedient Wives Club (Clube da Esposas Obedientes).
Trata-se de uma espécie de Kama Sutra para preservação do casamento que oferece, sem conter nenhuma fotografia ou desenho, instruções sobre como entreter, obedecer e dar prazer aos maridos.
Com este intuito pedagógico, a associação pretende melhorar o desempenho das mulheres que, segundo o texto, normalmente só atendem a 10% do desejo de seus cônjuges.
Guia defende sexo grupal como 'forma de prece'
A imprensa local revelou trechos do manual apesar de "a leitura ser restrita as integrantes do clube", revelou a diretora da associação na Indonésia, Gina Puspita.
"Alá garantiu ao homem a possibilidade de ter sexo simultâneo com todas suas esposas. Se a mulher assim agir, o sexo será melhor", diz um dos capítulos do guia, que estimula as mulheres a manter relações com seus maridos e as outras mulheres dele.
O livro mostra em outros capítulos como as mulheres podem satisfazer seus maridos descrevendo atos sexuais e defendendo que o sexo é uma forma de prece.
A fundadora do grupo, Maznah Taufik, considera que as separações são resultado do fracasso das mulheres em dar prazer a seus maridos.
- O abuso doméstico acontece porque as esposas não obedecem aos maridos. O homem é o responsável pelo bem-estar da mulher, mas ela deve escutá-lo e obedecê-lo.
Livro é alvo de críticas por feministas e conservadores
O manual recebeu duras críticas de inúmeros grupos muçulmanos, organizações de direitos humanos e até mesmo de ministros.
A responsável pela associação feminista Empower criticou a visão "atrasada e estreita" do papel da mulher no guia.
- É realmente um insulto ao movimento de defesa dos direitos da mulher. Avançamos o suficiente para que as mulheres não sejam mais tratadas como meros objetos sexuais.
Ratna Osnan, líder do grupo muçulmano Irmãs no Islã, denunciou que "os homens que abusam costumam utilizar o comportamento de suas esposas como justificativa de seus atos embora sejam sua responsabilidade".
O ministro de Assuntos Islâmicos da Malásia, Jamil Khir Baharom, anunciou que irá analisar o conteúdo do livro para determinar se é pornográfico ou ofensivo ao islã.
Vários países muçulmanos mantêm a poligamia, prática pela qual os homens muçulmanos podem se casar com mais de uma mulher sempre que possuam meios para sustentá-las.
Na Indonésia - o país com mais muçulmanos do mundo onde 80% de seus 240 milhões de habitantes praticam esta religião - o clube se nega a fornecer mais detalhes sobre um guia de "uso privado e exclusivo".

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