quarta-feira, 10 de julho de 2013

Bancada evangélica come mosca e Dilma pode sancionar lei que legaliza aborto

Bancada evangélica come mosca e Dilma pode sancionar lei que legaliza aborto

PLC 3/2013 foi aprovada por unanimidade no Senado e na Câmara.

Dilma pode sancionar lei que legaliza o aborto

Um projeto de lei terminativo que dormitava há 14 anos, que abre brecha para a legalização do aborto, entrou em pauta nas comissões, foi aprovado na Câmara e Senado e chegou à mesa da presidente Dilma para sanção.
Ele dispõe sobre atendimento especial e obrigatório em hospitais públicos da rede SUS a vítimas de violência sexual, deixando a cargo do médico a ‘profilaxia da gravidez’.
No bordão médico, entende-se em suma por ‘profilaxia’ a aplicação de meios ou medicamentos tendentes a evitar algo ou uma doença. Neste caso, a gravidez.
Mas o texto não detalha o tratamento a ser dado e abre brecha para o aborto em geral. Ou seja, embora seja direcionado a vítimas de estupro, mulheres em gestação inicial, embora não vítimas de abuso mas que desejem abortar, podem recorrer a isso para um aborto legal via medicamentos.
O PLC 3/2013 no Senado (antigo PL 60/99 da Câmara), cujo inciso IV do Parágrafo 3º prevê a profilaxia, foi apresentado pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP) como “prevenção de gravidês”, mas sofreu resistências e foi engavetado. Voltou há poucos meses com lobby de grupos feministas e deixou em polvorosa ontem a bancada cristã. E em situação delicada o líder do PMDB na Câmara, deputado evangélico Eduardo Cunha (RJ), quem deu parecer pela prioridade na tramitação.
Sondado ontem, Cunha se assustou e disse a aliados que não notara o inciso. Deputados e senadores da bancada cristã foram cobrados. A Igreja e entidades contra o aborto entraram em operação e enviaram alertas ao Palácio do Planalto.
Ontem o diretor do Instituto Pró-Vida de Brasília, Paulo Fernando Melo, mandou e-mail de alerta para o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência. Gilberto é ligado à Igreja e foi um dos articuladores da retomada da campanha de Dilma em 2010 junto aos cristãos, após o boato de que ela era a favor do aborto.


.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Nós lemos o projeto de lei e não encontramos essa "brecha", vocês podem esclarecer melhor como isso se aplica a qualquer caso? O texto deixa bem claro que é um procedimento a ser aplicado as vitimas de abuso sexual...
Nós lutamos pela despenalização do aborto, e realmente ficaríamos contentes com uma notícia como esta. Abraços

página no facebook: A Favor da Despenalização do aborto

Escola Integrada disse...

Tá na Hora desse Congresso agir com maior luz e racionalidade. Acho o assunto sobre aborto muito delicado e depende de cada um, é muito particular. Creio que seria melhor a mãe ou o casal decidir ter ou não ter uma criança, alias será que a criança quer vir nesse mundo de fato? Os pais é que sabem das suas reais condições psicológicas , existenciais e financeiras para assumir a vida de um futuro cidadão. Já que o feto ainda é desprovido de quaisquer consciência de vida, digo isso por que se tivesse eu me lembraria do ventre da minha mãe. As pessoas não pensam que deixar a criança nascer é o mesmo que força-la a viver sem ela mesmo ter consciência sobre a vida que a espera. somos forçados a nascer. Se aborto é violentamente forçar a morte , "dar a luz" é violentamente igual forçar a viver. Sinto que fui forçada a vir pra esse mundo. sinto-me traída meus pais me puseram aqui contra minha vontade. Minto nem isso posso dizer já que não tinha consciência. ou seja se eu tivesse sido abortada não faria a menor diferença hoje.