sábado, 8 de novembro de 2014

SBT e Ratinho são condenados a pagar R$ 150 mil por ofender igreja de gays

SBT e Ratinho são condenados a pagar R$ 150 mil por ofender igreja de gays

 A emissora e o apresentador foram condenados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar a indenização ao pastor chileno Victor Orellana, fundador da Igreja Acalanto, a primeira voltada ao público homossexual no Brasil

ACrítica
Ratinho mostrou imagens de câmera escondida de um culto e disse que a igreja era frequentada por “viadinhos”

Conhecido por não ter papas na língua, o apresentador do SBT, Carlos Massa, mais conhecido como Ratinho, pode pagar caro por essa sua personalidade peculiar, além disso, a emissora na qual trabalha também pode ser prejudicada.
O fato é que Ratinho e o SBT foram condenados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar uma indenização de R$ 150 mil ao pastor chileno Victor Orellana, fundador da Igreja Acalanto, a primeira voltada ao público homossexual no Brasil.
Durante dois programas exibidos em 2003, Ratinho mostrou imagens de câmera escondida de um culto e disse que a igreja era frequentada por “viadinhos” e “viados” e que não tinha filial, mas “viadal”.
O SBT e Ratinho já tinham perdido a ação movida por Orellana em primeira e segunda instâncias. Em 2011, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo considerou “jocosos” os termos usados pelo apresentador.
Para o desembargador Fábio Quadros, ofensivo não foi o uso da palavra “gay”, mas a “chacota”, o tratamento chulo e depreciativo sobre a fé professada pelo autor, o que extrapolou o direito à liberdade de expressão de Ratinho.
O SBT chegou a pedir ao STJ a redução do valor da indenização por danos morais, porém, o recurso foi negado. Para o ministro do STJ, Luís Felipe Salomão, o valor de R$ 150 mil não pode ser considerado exorbitante, porque a ofensa ocorreu em rede nacional de televisão e foi feita por um apresentador famoso. A decisão, proferida no último dia 30, foi publicada nesta quarta-feira (5).
A emissora informou que ainda cabe recurso e que irá recorrer da decisão.
*Com informações do UOL

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